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MP investiga viagens de Aécio Neves em aeronaves do Governo de Minas

As viagens do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em aeronaves do Estado, quando ele governou Minas Gerais, estão sendo investigadas pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Sete anos após Aécio deixar o Palácio da Liberdade, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público em Belo Horizonte confirmou ter aberto um inquérito para investigar a legalidade dos deslocamentos e se houve dano aos cofres públicos (assista à reportagem do Jornal da Record abaixo).

Ao todo, foram 1.029 viagens oficiais no período de 2003 a 2010.

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O jornalismo da Record TV Minas teve acesso, com exclusividade, à lista completa dos destinos. Para viajar até o município de Cláudio, na região oeste do Estado, Neves se deslocou 102 vezes.

Na cidade, o senador possui uma fazenda. Para o Rio de Janeiro, onde o tucano tem residência, foram 109 voos. Segundo o relatório, o ex-governador voou 55 vezes para Brasília e 57 para São Paulo.

Em 2010, durante o segundo mandato no governo de Minas, Neves autorizou a desapropriação de parte da fazenda de um tio para construir um aeródromo em Cláudio. A obra custou aos cofres públicos R$ 14 milhões.

A pista foi liberada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em setembro de 2016, já no governo do presidente Michel Temer (PMDB), aliado do tucano, que foi afastado do Senado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por causa do escândalo da delação da JBS.

Destinos turísticos

A investigação do MP apura, ainda, se houve abuso em viagens para conhecidos destinos turísticos do País. Foram dez voos de Belo Horizonte para Florianópolis, em Santa Catarina; quatro para Fortaleza, no Ceará; dois para Búzios, no Rio de Janeiro; além de um deslocamento cada para Cabo Frio, também no Estado do Rio, e Maceió, em Alagoas.

Se nenhuma irregularidade for encontrada, o inquérito será arquivado. Caso contrário, o ex-governador pode ser denunciado por improbidade administrativa com lesão aos cofres públicos.

Nesse caso, o MP pode pedir o ressarcimento dos valores gastos de forma indevida. Como se trata de uma ação civil pública, o foro privilegiado do cargo de senador não blinda o tucano para nesse tipo de processo, que poderá tramitar em primeira instância e é imprescritível.

Em nota, a assessoria de Aécio Neves informou que já prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo MP e que todos os voos estavam das normas estabelecidas, que preveem o uso de aeronave do Estado para deslocamentos de qualquer natureza, por questões de segurança. Segundo a equipe, o senador afastado aguarda conclusão das investigações do Ministério Público

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